quarta-feira, abril 15, 2015

Retalhos da nossa História...

Couto Misto (em galego: Couto Mixto, em espanhol: Coto Mixto) é uma zona localizada a norte da serra do Larouco, na bacia intermédia do rio Salas, na Galiza (Espanha), na actual província de Ourense, na fronteira norte do actual Concelho de Montalegre, em Portugal. div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Muito do que se conhece sobre este território raiano, suas normas, usos e costumes, provém dos relatórios diplomáticos produzidos à época das negociações do Tratado de Lisboa (1864). O Couto Misto foi um enclave (microestado) independente de facto encravado entre Espanha e Portugal, com existência entre o século X e 1868. Do latim (cautum; cotum, coto, couto e coito) definia, no século IX, um lugar imune. O termo também era utilizado como ordenação, multa, apreensão de bens, protecção, limite e marco. Embora se desconheça a origem de sua instituição, ligada desde a Idade Média Baixa ao Castelo da Piconha, posteriormente vinculado à poderosa Casa de Bragança. Constituía-se numa pequena área fronteiriça de cerca de 27 km² com organização própria, que não estava ligada nem à Coroa de Portugal e nem à da Espanha. Entre os direitos e privilégios deste pequeno território encontravam-se o de asilo para os foragidos da justiça portuguesa ou espanhola, o de não dar soldados nem para um reino nem para o outro, o de isenção de impostos, o de liberdade de comércio como o sal, objecto de estanco (monopólio sobre um produto de forma legal) até 1868, a liberdade de cultivos como o do tabaco, e outros. Até à assinatura e entrada em vigor do Tratado de Lisboa (1864), em 1868, cada habitante do Couto elegia livremente a nacionalidade espanhola ou portuguesa. A partir do Tratado, os seus domínios passaram para a soberania da Espanha, integrados nos Concelhos de Calvos de Randín (aldeias de Santiago e Rubiás ou Ruivães) e Baltar (aldeia de Meaus ou Meãos). Em contrapartida, passavam para a soberania de Portugal os chamados "povos promíscuos", até então divididos pela linha da raia, atuais Soutelinho da Raia, Cambedo e Lama de Arcos (Chaves). O território do Couto Misto ainda incluía uma pequena faixa desabitada que hoje integra o município português de Montalegre. Os privilégios do Couto Misto Nacionalidade - Os habitantes do Couto Misto não se encontravam obrigados a uma ou outra nacionalidade, podendo inclinar-se, dependendo de razões geográficas, familiares ou tradicionais, por uma, por outra, ou por nenhuma. O momento em que tradicionalmente se exercia essa opção era no dia das bodas: os que optavam por Portugal bebiam um cálice de vinho pela honra e à saúde do rei português, inscrevendo a letra "P", de Portugal, à porta do domicílio conjugal; aqueles que optavam pela Espanha, brindavam à honra e saúde do rei espanhol, inscrevendo a letra "G", de Galiza, em seu domicílio. A prática foi substituída pela inscrição de outras simbologias, a partir de meados do século XIX, quando as autoridades de ambos os países começaram a questionar os privilégios do Couto. Concretamente, os seus habitantes não estavam obrigados a utilizar documentos de identidade pessoais, não estando sujeitos aos efeitos jurídicos de uma nacionalidade: eram considerados como "mistos". Como território independente de facto, os habitantes do Couto Misto detinham vários privilégios, como a isenção de serviço militar e de impostos, e podiam conceder asilo a estrangeiros ou opor-se ao acesso a forças militares estrangeiras. Tributos - Os habitantes do Couto Misto não eram obrigados a pagar tributos a Portugal ou à Espanha, quer os devidos pela terra, pela prática de actividades comerciais ou industriais, por consumo, sucessão ou outros. Esse facto levou muitas pessoas a casar e a estabelecerem-se no Couto, para evitar o pagamento de tributos, ao mesmo tempo em que estimulou uma dinâmica actividade comercial, classificada pelas autoridades de ambos os países como contrabando. Entretanto, os "mistos" não podiam ser detidos até uma légua dos limites do Couto e nem nos caminhos ou veredas privilegiadas, ou por actividades consideradas como ilícitas. Serviço militar - Os habitantes do Couto não contribuíam nem para o Exército português nem para o Exército espanhol em tempo de guerra. Porte de armas - Os habitantes do Couto não necessitavam de licença para o porte de armas de qualquer classe de (caça ou de defesa), quer dentro do Couto, quer no caminho privilegiado. Impressos oficiais - Os habitantes do Couto não estavam obrigados ao uso de papel selado, podendo fazer uso de papel comum em todos os tipos de acordos e contratos. Do mesmo modo estavam desobrigados de pagar direitos pelo registro de propriedade, como no caso de hipotecas. Autogoverno - Os habitantes do Couto tinham o privilégio do auto-governo, mediante a eleição de um Juiz ou Alcaide que exercia as funções governativas, administrativas e judiciais, auxiliado pelos homens-bons, também eleitos em cada um dos três povoados (Santiago, Rubiás e Meaus). Além disso, havia a possibilidade de firmar acordos em conselho aberto (assembleia). Direito de asilo - Nem as autoridades portuguesas e nem as espanholas podiam ingressar no Couto em perseguição de um indivíduo, excepto no caso de determinados delitos, como o homicídio, por exemplo. Este direito, reminiscência dos primitivos coutos de homiziados, incomodava bastante as autoridades de ambos os países, o que, historicamente, se traduziu pela acção esporádica, quer da justiça portuguesa, quer da espanhola, no território do Couto. Do mesmo modo, o Couto podiam negar alojamento às forças militares de ambos os países, prática que em diversas ocasiões não foi respeitada diante da superioridade numérica das tropas visitantes, especialmente no século XIX. Feiras e mercados - Os habitantes do Couto Misto podiam frequentar as feiras das comarcas limítrofes, comprando e vendendo todos os tipos de gado e mercadorias sem a obrigação de pagar direitos e de apresentar guias, documentos aduaneiros ou de qualquer tipo. Caminho privilegiado - Os habitantes do Couto dispunham de um caminho neutro, de cerca de 6 km de extensão, que, partindo do Couto, atravessava as terras de Calvos de Randín, na Galiza, e de Tourém, em Portugal, seu destino. Era delimitado por mourões ou marcos de pedra, marcados com diversos sinais, como cruzes. Utilizado para o trânsito de pessoas e de mercadorias, as autoridades de ambos os países não podiam realizar nenhuma apreensão dentro de seus limites (nem de contrabando), nem de molestar quem o utilizava. Cultivos - Os habitantes do Couto podiam cultivar todos os géneros, inclusive aqueles que eram objecto de estanco, como o tabaco, controlado com rigor por ambos os países, por receio do prejuízo que poderiam causar às suas Fazendas. Assim, por iniciativa de ambos, este privilégio foi perdido desde 1850. Outros privilégios - Os habitantes do Couto não eram obrigados a participar dos processos eleitorais nem nos assuntos políticos quer de Portugal quer da Espanha, privilégio que tinha reciprocidade no respeito que as autoridades de ambos os países sempre tiveram pelos privilégios do Couto Misto. Fim do Couto Misto Em 1864, o Tratado de Lisboa, celebrado entre Portugal e Espanha, dita o fim do Couto Misto. Com o Tratado de Lisboa, Portugal e Espanha acordaram no destino a dar às aldeias raianas. As três principais aldeias do Couto Misto, Rubiás dos Mistos, Meaus e Santiago, pertencerão à Galiza (província de Ourense). Outras aldeias, mais pequenas, são objecto de negociação, mais propriamente aldeias situadas na fronteira, sendo que muitas delas são atravessadas pela linha limítrofe. Estatuto actual O interesse pelo Couto Misto ressurgiu em meados da década de 1990, tendo levado ao incremento da investigação histórica e a várias publicações sobre o território. Um programa conjunto de verão foi organizado pela Universidade de Vigo e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro em 1999 visando a história do Couto Misto. Em 1998 a Associação de Amigos do Couto Misto (Asociación de Amigos do Couto Mixto) foi fundada, seguindo-se em 2003 pela Associação Comunitária do Couto Misto (Asociación de Veciños do Couto Mixto). Ambas as entidades restabeleceram a figura dos Homens de Acordo, com uma pessoa a representar cada uma das aldeias, e a do Juiz Honorário que era nomeado anualmente numa cerimónia na igreja de Santiago. A Arca das Três Chaves também foi reavivada com cada uma das três chaves a ficar sob custódia dos vários Homens de Acordo. Movimentações políticas relativas ao Couto Misto levaram a debates e resoluções dos parlamentos galego, espanhol e europeu: em maio de 2007 uma moção (Proposición no de ley) foi discutida e aprovada (com 303 votos a favor) pelo Parlamento Espanhol reconhecendo a singularidade do Couto Misto como enclave histórico e cultural, apelando a medidas que permitam o desenvolvimento social e económico do território. Ao mesmo tempo, uma moção semelhante foi aprovada pelo Parlamento da Galiza. Em 2008 uma questão foi colocada por escrito ao Parlamento Europeu em relação à contribuição da União Europeia para reavivar o Couto Misto, definido como "instituição que era politicamente e administrativamente independente das coroas espanhola e portuguesa."

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Os Portugueses são uns gandas malandros, só querem é feriados, não é?
Vamos contá-los?
Suiça-19;

Grã-Bretanha-18;

Alemanha-17;

Espanha-16;

França, Áustria, Itália e Grécia -15

Portugal, Luxemburgo e Japão -14

Surpreendidos?
Eu não... Palavras para quê

Vão mas é dar o banho ao CÃO!!!!!

P.S - Tretas dum governo inculto e só com a filosofia dos cifrões, trazidas por um pseudo canadiano, ou um português aculturado…!!!

Quem renega a sua História e Cultura assim…, a mais não é obrigado.

domingo, fevereiro 12, 2012

Reformada 5 Estrelas...(chegou pela internet - será verdade...!!!)

Uma reformada com 800 euros de pensão. Será que vive à custa do marido, com ajudas da família, ou vai às dádivas do banco alimentar?
A casinha no Algarve e a reforma da esposa, são da inteira responsabilidade e privacidade do dito casalinho.
Ninguém teria que meter o bedelho, não fosse o caso do seu ilustre esposo e reeleito Presidente da República, figura pública deste país de demagogos, ter usado a comunicação social, nomeadamente a televisão, para referir tal facto, isto é, a sua esposa "só" aufere €800 de reforma...
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Houve difamação, dizem os seus apaniguados, mas então, analisemos, esta estranha DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS da Professora MARIA CAVACO SILVA:

-BCP: Conta à ordem nº 882022 (1ª Titular) - 21.297,61 Euros;
-Depósito a prazo: 350.000,00 Euros (vencimento04/04/2011);
-BPI: Conta à ordem nº 60933.5 - 6.557 Euros;
-Depósito a Prazo: 140.000,00 Euros (juro 2,355%,vencimento em 21/02/2011);
-Depósito a Prazo: 70.000.00 Euros (juro 2.355%,vencimento em 20/03/2011).
-PLANO POUPANÇA REFORMA: 52.588,65 Euros;
ACÇÕES DETIDAS:
-BPI - 6287;
-BCP - 70.475;
-BRISA - 500;
-COMUNDO - 12;
-ZON - 436;
-Jerónimo Martins - 15.000;
-Obrigações BCP FINANCE: **330 unidades (Juro Perpétuo 4.239%);
FUNDOS DE INVESTIMENTO:
-Fundo AVACÇÕES DE PORTUGAL - 2.340 unidades;
-Milenium EURO CARTEIRA - 4.324.138 unidades;
-POJRMF FUNDES EURO BAND EQUITY FUND - 118.841.510unidades;

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Para uma "professora reformada" com 800 euros, esta poupança é extraordinária…!!!
E foi alcançada com que tempo de descontos? Será que o valor de descontos, correspondem ao valor que devia ser correcto da reforma?
Será que vou ter a mesma sorte? Ou só desconto para pagar a esta senhora e outros que tais, e quando chegar a minha vez, recebo só simbolicamente…!!!!
Está claríssimo, que somos nós os esbanjadores!... Os que viveram acima das possibilidades…!!!
Ainda diz o coitado do marido, que com o que a austeridade lhe retirou, não lhe chega para pagar as despesas… Tadinho.
E nós que pagamos e não vamos receber o que nos prometeram? E aqueles que recebem 200 ou 300 euros de reformas?

Está muito bem visto, ponham bem os olhos neste casalinho de reformados 5 Stars.

P.S. - Eu com 33 anos de desconto até à data e que vou ter que trabalhar e continuar a fazer descontos até aos 65 anitos, (a idade da pujança muscular, cerebral, sexual e outras), topam, gostaria de saber se vou receber 800 euritos, ou só as gajas a apreciarem o meu atraente Body formoso, qual verdadeiro ADÓNIS.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Escrito à 200 Anos...

(
Thomas Jefferson )

Restos de uma História do Mundo que o tempo jamais ousará apagar ou deixar em claro, perante as modernices deste liberalismo actual, de uma sociedade mentecapta e acarneirada, que nem para 1m, um singelo minuto, para reflectir e questionar o Mundo.
Que saudades do Século das Luzes, daquele Montesquieu, Voltaire, Robespierre, e outros que tanto engrandeceram com o seu legado, os séculos seguintes e que no actual é tão desconhecido...

Porque será?

Ignorância, ou simplesmente os filhos do Operariado aburguesaram-se...

terça-feira, outubro 19, 2010

Zeinal Bava... o esteriótipo de um bom Gestor...

A Pt vai transferir para o estado o seu Fundo de Pensões, o que vai ajudar o governo a atingir a meta do défice para este ano.
Tal facto, revela as boas ligações que a empresa tem com o governo. Até foi isenta de pagar impostos sobre a venda da Vivo.
Mas eu, tenho de os pagar todos, tostão a tostão, sobre o meu trabalho. Sobre as mais valias isenta-se... Fantástico.
Vamos ver é se o fundo das pensões, não vai ser mais um encargo para nós contribuintes, como o foram, o fundo dos CTT e da Caixa Geral de Depósitos.
Pelo que vou ouvindo e lendo os ordenados na PT, são baixinhos. Por alguma coisa lhe chamam Reformas Douradas.

A minha eu sei... Vai ser de merda

quarta-feira, outubro 13, 2010

Imagem de Che

A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como " Guerrilheiro Heróico", onde aparece o seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda a 5 de Março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos, num enterro de vítimas de uma explosão.
Sómente foi publicada 7 anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland - EUA, denominou-a - A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do séc. XX.
É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história.
Expressa um simbolo universal de rebeldia, em todas as suas interpretações.

Eu diria mais... de LIBERDADE